13 novembro 2008

entre os ei's

Escreverei em papel de pão como é simples meu amor.
Minha pena me ajudará a usar os mais comuns termos.
Pode ser que eu erre um ou dois destes interlocutores,
Mas tenho certeza de que jamais serei incompreendido.

Pintarei a tua delineação nas paredes do meu coração.
Minhas tintas, elementos dos quais viveremos juntos.
Pode ser que elas acabem de repente sem nos avisar,
Mas acredito, já teremos fixado a quantidade perfeita.

Darei forma a qualquer simples composição argilosa.
Minhas mãos serão firmes para que esta seja contínua.
Pode ser que elas se sintam doloridas, precisem parar,
Mas tenho fé que você estará presente e me ajudará.

Fotografarei seus detalhes com meu sensato imaginário.
Minha ferramenta de trabalho será a razão de te viver.
Pode ser que o filme se desgaste, acabe, rasgue, queime,
Mas tenho certeza de que serão as partes boas que ficarão.

Prometa-me, quando nos pegar entre a razão e a emoção,
Lembrar-nos-á da literatura, pintura, escultura e fotografia,
Pois somente estas serão a arquitetura de nossa salvação.

Serão estas que nos segurarão em abraços amigáveis,
para que sejamos insubstituíveis em infinitas memórias.

Um comentário:

Paula Barros disse...

Uma arquitetura construida com muita emoção e sentir.

Alicerçada no amor.

abraços