02 dezembro 2008

O amor em três simples palavras.


Com um abraço, mostrou o quanto valia estar junto. Embora os dois soubessem que provavelmente a saudade iria os matar dentro dos 365 dias, ano não bissexto, que o tempo poderia os encher de cóleras, eles sabiam que o bem mais preciso era o amor um pelo outro. Anunciado o vôo, apenas um leve sussurro foi dado no tímpano tristonho do lado esquerdo de alguém que não desejava partir. As palavras foram as melhores que alguém já possa ter ouvido. Foram processadas em conjunto. A quem diga que havia em espírito, uma terceira presença, algo ou alguém com uma forte luz apenas vista por cegos e por crianças, apenas vista pelos olhos da fé. Deus! Expostas pela parte maior do encéfalo e divididas com o musculoso e oco órgão motor da circulação sanguínea, foram repassadas pelos diversos corpos cilíndricos, ductos naturais, até serem expelidas pelo orifício de entrada, que supostamente foram acompanhadas por um ósculo, alegoria que simbolizava a importância de um para o outro. Mudo se direcionou ao portão de embarque. As lágrimas falavam em atitudes, palavras já não seriam necessárias, não mais. Sem olhar para trás, sabia que o mais importante era as imagens de felicidades que tinham vivido juntos. Olhando-o partir, sabia que a coisa mais importante a fazer era compreender tal decisão e esperar a volta. Sabiam que os dias seriam recusados e descartados em xis de saudades. O que ficou gravado para os dois fora as palavras que compunham a força daquele relacionamento em três simples palavras, compondo uma estrutura única e poderosa, formando uma expressão, exibindo o valor de viver juntos, um simples:

EU TE AMO!

Um comentário:

Paula Barros disse...

Transformar momentos ruins e desagradáveis, em lembranças boas, é uma dádiva.

Despedidas não são fáceis.

Um belo texto.

abraços