06 março 2009

Desbotando pelos efeitos naturais.

As lágrimas são estupro de pensamentos mal sucedidos.
Talvez, devesse tudo se lavar de sua mentira,
para que assim, tais pensamentos não chegassem até a inocência.


Acordei no susto. Era eu, o mar e o vento que balançava meus cabelos. O frio era o meu amigo, solidão meu sentimento. Eu, cenário de mim, pensava na aquarela que borrava minha fase. Tinta fresca, translúcida de minha alma gris. A claridade realizava o feito óptico, explicado nos livros de física, na gota que escorria em uma cara de cartolina. A música era o som de meu coração, batendo por algo que era pedido pela minha boca seca. As nuvens já escondiam o sol, deixavam me com tons de preto. As cores de minhas roupas estavam escurecendo com esse efeito, com essa brincadeira infantil dos elementos naturais. Com os fenômenos de um dia bobo de imaginação esperançosa. Mas o dia não havia terminado; pois esperava, encima do relógio, a lua. Acreditei que esta pudesse me trazer sonhos, os melhores, foi quando percebi que tudo era um sonho, que para realiza-los basta-me ser o protagonista de cada um destes devaneios. Dormi no escuro.

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