“Nasci no Bexiga,
e lá me criaram
Por certo, um dia, eu virei ‘arquiteto’.
Depois ‘professor’.
Depois ‘cenógrafo’.
Depois ‘pintor’.
Desenho desde criança.
O teatro me ensinou a vida;
a arquitetura o espaço,
o ensino a sinceridade,
a pintura a solidão.
Flávio Império (1935 – 1985)
Acreditamos na magia, no poder,
na sensualidade, na vivacidade,
na introspecção
e no tempo.
Acreditamos na conquista,
na vida, no viver inconsciente,
na transformação
e no corpo em movimento.
Acreditamos no passado transformado,
no presente formulado,
talvez, nosso erro deva ser
viver em um futuro planejado.
Acreditamos nas moradas,
nas almas que sabem amar,
que sabem olhar,
conversar,
criar, imaginar
compor e transformar.
Acreditamos em nós,
pois somos o espelho dos nossos atos,
sabemos, supostamente, onde erramos,
consertamos, ainda hoje, como podemos,
multamos e deixamos como acreditamos,
somos lúdicos, bobos, perdidos, firmes,
simplesmente,
sensíveis.
És sensível,
simplesmente,
carinhoso, atencioso, presente, amigo,
mesmo distante,
multa e deixa como acredita ter que ser,
sinaliza, ainda hoje, como pode,
sabe, supostamente, onde erra,
pois és um parceiro exemplar
para os que sabem valorizar,
dever ser valorizado.
Acredito nos Passos
de quem passa
e ainda contribui
para os Passos de quem não sabe caminhar,
apenas sabe correr,
almeja arquitetar.
Agradeço, de coração, muito.
E de longe admiro
e acredito
nos seguros e seus
traçados
Passos.
Obrigado!