17 outubro 2008

!SONHO...SONHO...SONHO!





Onírico


Pegadas feitas de água,


Será que estou perto de um lago?


Marcas feitas no barro,


Será que me preocupo com meus sapatos?


Cabelo despenteado,


Será que devo amarrá-los?


Paixões já adormecidas,


Será que devem ser banidas?


Inatividade no travesseiro,


Alfa, Beta e Zeta oscilam.


O que quero Onírico?


Sei que podes me ajudar.


Deixe-me escolher,


Em qual ponto adormecer.


Alfa, Beta ou Zeta.


E quando estiver inativo,


Ficarei perdido?


O que devo escolher?


Acho que os astros vão me entender.


Mas qual eleger?


A imaginação, a sensibilidade e a profundidade?


A forma, o palpável, a matéria?


O invisível e o intocável?


A paixão, o calor e a energia?


Sinto-me em ti Onírico,


Perdido em meu próprio cosmo,


Buscando nos astros,


O que preciso de fato.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaria de ter tempo para responder com um poema, mas o momento me leva a ir direto ao ponto, se é que se pode ir direto ao ponto de um alvo abstrato.

Entendo o Onírico como um ponto de interrogação, como uma preocupação em entender um caminho a seguir, a utopia de um apelo que busca encurtar a dor de uma questão que aflige, que corroi de forma intensa, talvez mais intensa do que realmente é. A dor, a dúvida, ou qualquer outro nome que se possa dar, necessita do seu tempo para se recuperar. Os astros, os sonhos são lindos, mas abstratos. São cápsulas de açúcar para aliviar o psicológico da dor.

Mas quem realmente pode separar o coração da razão, sem sofrer, sem perder?

A vida é feita de escolhas – isso é bom – mas também ruim. O livre arbítrio é culpado de todas as coisas boas que acontecem em nossas vidas, mas também é responsável pelas coisas ruins.

Ah, Onírico!!! Se pudesses apenas ser palpável (sometimes), acho que certas dores poderiam ser evitadas.

Rodrigo!!! Achei lindo, profundo, triste e confuso, mas cheio de esperança e positividade. Mais um abstrato de você...